Visitantes exploram uma exposição no novo edifício do Museu Yinxu em Anyang, Província de Henan. Foto: VCG

O novo edifício do Museu Yinxu inaugurado recentemente em Anyang, na província central chinesa de Henan, mostra que os museus chineses se tornaram, sem dúvida, um ponto de apoio para sustentar o crescimento turístico cultural do país e transmitir continuamente a profundidade histórica do país aos visitantes, especialmente aos mais jovens.

He Yuling, um pesquisador do Yinxu e vice do Congresso Nacional do Povo (NPC), apresentou uma proposta nas duas sessões em andamento em Pequim, na qual defendeu a aproximação do legado representativo da Dinastia Shang (c. 1600 AC-1046 AC) do local para os visitantes por meio de instalações aprimoradas do museu.

Ostentando mais de 4.000 artefatos, o novo edifício do Museu Yinxu é o primeiro edifício de exposição da China dedicado à Dinastia Shang.

Essas "exibições de nicho" são uma tendência futura na museologia chinesa para educar o público sobre a amplitude e profundidade da cultura chinesa, disse Li Liyang, um especialista em gestão de museus, ao Global Times.

Li é apenas um dos muitos deputados especialistas do CNP e membros do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) que compartilharam suas percepções sobre quais tendências futuras podem impulsionar os museus e os esforços de conservação arqueológica da China.

Guo Jin, um deputado do CNP que também é arqueólogo da província de Yunnan, pediu o aprimoramento da pesquisa científica e do cultivo de talentos em muitos museus locais de pequena escala na China.

A alta tecnologia é particularmente importante para esses museus, observou Guo. Também como vice-diretor do Museu de História Natural do Sítio Fóssil de Chengjiang de Yunnan, Guo observou que o museu de nível municipal agora está equipado com instalações avançadas, como dispositivos interativos de realidade aumentada e projeção holográfica.

Guo não é o único especialista que valoriza a contribuição da tecnologia digital para o campo dos museus.

Wang Wanfu, um deputado do CNP que também é vice-diretor do Departamento de Pesquisa de Conservação da Academia Dunhuang, pediu "aumentar o compartilhamento de recursos de digitalização de relíquias" entre diferentes organizações.

Como os museus se tornaram uma opção de entretenimento cada vez mais popular e agradável para o público, alguns delegados ofereceram suas sugestões sobre a proteção de preciosos artefatos culturais.

Hang Kan, diretor do Instituto de Pesquisa das Grutas de Yungang e deputado do CNP da província de Shanxi, no norte da China, está defendendo um foco maior nas soluções tecnológicas quando se trata da preservação dessas Grutas de Yungang centenárias, que são um Patrimônio Mundial da UNESCO.

De acordo com Hang, os esforços de reforço visando formações rochosas precárias têm sido realizados por várias décadas. As formações rochosas dentro das grutas foram todas reforçadas e entraram no estágio de conservação preventiva.

Apesar desses avanços, os desafios persistem devido às complexas condições geológicas das formações de arenito, que são suscetíveis à erosão devido ao intemperismo, congelamento, degelo e infiltração de água.

O uso de tecnologias para prevenir várias formas de erosão é particularmente importante e urgente, disse Hang, acrescentando que um maior suporte tecnológico é extremamente necessário na pesquisa de problemas de grutas e no desenvolvimento de materiais de proteção. Ele enfatizou que haverá mais investimentos tecnológicos nessas áreas.

Hang citou a 39ª caverna nas grutas como um exemplo, que é conhecida por sua estrutura central semelhante a um pagode esculpida em pedra. No entanto, sinais visíveis de intemperismo em seu cume, assemelhando-se a delicadas camadas de massa folhada, indicam a extensão de sua deterioração.

Enquanto isso, Gu Wanfa, deputado do CNP e diretor do Departamento do Patrimônio Cultural de Zhengzhou, sugeriu durante uma entrevista que os museus devem aplicar prontamente as últimas descobertas de pesquisa arqueológica e acadêmica e incorporá-las às exposições.

Gu enfatizou a necessidade de os museus da nova era investirem em áreas como tecnologia digital, diversificação de equipes interpretativas, inovação de serviços, melhores exposições de artefatos e exposições abrangentes que mostrem a história de cada relíquia cultural.

Além disso, ele diz que é hora de solicitar o status de Patrimônio Mundial da UNESCO para a Cultura Yangshao, que abrange mais de 2.000 anos na Bacia do Rio Amarelo.

A candidatura para reconhecimento da Cultura Yangshao, que estava intimamente ligada às culturas pré-históricas em todo o continente eurasiático, promete aprofundar a compreensão global das origens culturais da China e revitalizar a herança da bacia do Rio Amarelo, de acordo com Gu.


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