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Macron exalta recrealonlinegamblingsites -onstituição democrática do governo

O presidente da França,çãodemocrárealonlinegamblingsites - Emmanuel Macron, elogiou nesta quinta-feira (28) a atuação do governo Lula para reconstruir a democracia e o equilíbrio das instituições após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. 

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"Toda a minha comitiva e eu, pessoalmente, nos sentimos imensamente honrados de estarmos hoje aqui ao seu lado, neste lugar, nesta Praça dos Três Poderes, que foi atacada, destruída praticamente, ou, pelo menos, bastante maltratada pelos inimigos da democracia. A maneira como [Lula] conseguiu reconstituir os equilíbrios da democracia e levar a cabo esse debate internacional significa muito para nós", declarou Macron durante visita ao Palácio do Planalto.

O presidente francês teve uma série de desentendimentos com Bolsonaro, que chegou a zombar da esposa de Macron nas redes sociais. Agora, ele afirma que a democracia brasileira teve "força" para resistir a ataques golpistas "com uma alternância democrática, restaurando plenamente e integralmente todos os equilíbrios", segundo a tradução feita pelo governo brasileiro.

Na sequência, Lula ressaltou a parceria entre os dois países e lembrou que Macron o recebeu na França como chefe de Estado quando ele ainda nem era presidente, durante o governo de Jair Bolsonaro. "Isso marcou muito a minha vida. O respeito crescente que eu tenho pela França só aumentou a partir do gesto do presidente Macron", afirmou.

Parcerias

O presidente francês foi recebido por Lula nesta quinta como um dos últimos compromissos de sua viagem de três dias no Brasil, iniciada na terça-feira (26). Em sua primeira viagem ao país, ele passou pelos Estados do Pará, Rio de Janeiro e São Paulo antes de chegar a Brasília, onde assinou mais de vinte tratados sobre temas que vão da indústria de defesa à preservação da Amazônia, combate ao garimpo, desenvolvimento tecnológico e parcerias culturais entre os países.

Macron anunciou ainda que a França pretende fazer investimentos de cerca de 1 bilhão de euros no Brasil nos próximos anos, entre iniciativas públicas e privadas, e relembrou medidas defendidas pelos dois países no cenário internacional, como a tributação dos super-ricos.

A França atualmente é o terceiro maior investidor no Brasil. No ano passado, investiu R$ 8,4 bilhões no país nas áreas de hotelaria, defesa, tecnologia, dentre outros. O país é ainda o maior empregador estrangeiro no Brasil.

Além dos acordos comerciais e estratégicos, o encontro dos dois presidentes foi marcado pela entrega por Lula do colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul a Emmanuel Macron. A honraria é a mais alta condecoração brasileira dada a autoridades estrangeiras. Em contrapartida, Macron concedeu à primeira-dama Janja da Silva uma insígnia da ordem nacional da legião de honra no grau de oficial e explicou que Lula já havia sido agraciado com essa honraria do governo francês no passado e, por isso, iria agraciar também a primeira-dama.

Oposição venezuelana fragmentada  

Lula e Macron também foram questionados pela imprensa sobre a situação das eleições na Venezuela. O presidente brasileiro afirmou que é "grave" que uma candidata da oposição ao governo de Nicolás Maduro não tenha conseguido se registrar para concorrer nas eleições. Foi apoiado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, que endossou a fala do petista e disse esperar uma solução para a situação ainda nesta semana.

"É grave que a candidata não possa ter sido registrada. Ela não foi proibida pela Justiça, (ela) tentou usar o computador e não conseguiu entrar, isso causou prejuízo", afirmou Lula ao ser questionado pela imprensa sobre a situação do país vizinho, onde a professora Corina Yoris tentou se registrar e não conseguiu por um problema técnico.

Ele ainda comparou a situação com o Brasil: "Aqui é proibido proibir, a não ser que tenha uma punição judicial e que essa punição garanta o direito de defesa", seguiu Lula.

Em seguida, Macron afirmou concordar com tudo que Lula declarou sobre a Venezuela, mas adotou um tom ainda mais alarmante em relação ao país.

"Faremos tudo o que for possível para persuadir o presidente Maduro e o sistema eleitoral a reincorporar os candidatos. Condenamos veementemente o fato de terem retirado uma ótima candidata deste processo e espero que seja possível estabelecer um novo marco nesta semana. Não devemos nos desesperar, mas a situação é grave e piorou com a última decisão", declarou Macron.

O presidente brasileiro ainda afirmou que indicará observadores para acompanhar o processo eleitoral no país vizinho, e disse esperar que ele transcorra como no Brasil: "Não desejo nada melhor nem pior. Quero que as eleições sejam realizadas da mesma forma como fazemos aqui no Brasil. Com a participação de todos. Que aqueles que quiserem participar, participem; que aqueles que perderem, chorem; aqueles que vencerem, sorriam e, assim, a democracia continuará", afirmou o petista.

Ele também relembrou que, em 2018, foi impedido pela Justiça Eleitoral de se candidatar e indicou o nome de Fernando Haddad para ilustrar que essas situações podem ocorrer em uma democracia.

As declarações de Lula e Macron ocorreram após o governo da Venezuela divulgar uma nota afirmando que a declaração divulgada pelo Itamaraty sobre as eleições venezuelanas parecia "ter sido escrita pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos". Na nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou que estava acompanhando o processo eleitoral da Venezuela com "expectativa e preocupação".

"Com base nas informações disponíveis, observamos que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de se registrar, o que não é compatível com os acordos de Barbados", afirmou o Itamaraty no texto.

Nesta quinta-feira, Lula relembrou que já havia conversado com Maduro sobre a importância de as eleições venezuelanas ocorrerem sem intercorrências e questionamentos. "Eu estive com Maduro na Guiana, para uma reunião do Caricom e tive uma longa reunião com ele. E disse a Maduro que a coisa mais importante para restabelecer a normalidade na Venezuela é não haver problemas eleitorais, que as eleições fossem convocadas da forma mais democrática possível", declarou o petista antes de condenar a situação da candidata que não conseguiu se registrar devido a problemas técnicos.

No cenário político venezuelano, onde o chavismo é força política hegemônica há anos, a oposição frequentemente se fragmenta em períodos eleitorais e, desta vez, não foi diferente: serão doze candidatos tentando impedir nas urnas a reeleição de Maduro.

Parte da oposição apoiava a candidatura da ex-deputada María Corina Machado, do Vente Venezuela, para enfrentar o atual presidente. Mas a opositora está inabilitada para ocupar cargos públicos por quinze anos e, por isso, escolheu a professora Corina Yoris para ocupar seu lugar. Ela também não conseguiu se inscrever, alegando problemas no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Sem Corina, o governador de Zulia, Manuel Rosales, do partido Un Nuevo Tiempo (UNT), que se inscreveu na noite de 25 de março, surge como um nome forte da direita para a disputa.

Acordo Mercosul-União Europeia

O presidente francês também aproveitou a visita para criticar a proposta de acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Segundo ele, o atual acordo está sendo negociado há mais de vinte anos e não foi atualizado, prevendo, por exemplo, temas como o clima. Para ele, o acordo "precisa ser renegociado do zero".

"O Mercosul é um péssimo acordo como ele está sendo negociado agora. Esse acordo foi negociado há 20 anos. Eu não defendo esse acordo. Não é o que queremos", disse ele. "Deixemos de lado um acordo de 20 anos atrás e construamos um novo acordo, mais responsável, prevendo questões como o clima e a reciprocidade", destacou Macron em sua participação no Fórum Econômico Brasil-França, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Edição: Matheus Alves de Almeida


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